Algumas lembranças são confusas


Algumas lembranças são confusas: 

umas me fazem rir, 

quando lembro que chorei. 

Outras me fazem chorar, 

quando lembro que rimos juntos. 

Bob Marley

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Antes idiota que infeliz!



Uma vez Renato Russo disse com uma sabedoria ímpar:


'Digam o que disserem, o mal do século é a solidão'.







Baladas recheadas de garotas lindas, que com roupas cada vez mais micros e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas e saem sozinhas.

Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e... sozinhos. Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos 'personal dancers', incrível. E não é só isso não, se fosse, era resolvido fácil, alguém duvida?


Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão 'apenas' dormirem abraçados, sabe, essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega. Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção.


Tornamo-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como voltar a 'sentir'; só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós.

Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada no site de relacionamentos FACEBOOK, o número que grupos como: 'Quero um amor pra vida toda!', 'Eu sou pra casar!' até a desesperançada 'Nasci pra ser sozinho!'

Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis.


Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos cada dia mais belos e mais sozinhos. Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever essas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa.


Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, démodé, brega. Alô, gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí? Seja ridículo, não seja frustrado, 'pague mico', saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais (estou muito brega!), aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois.


Quem disse que ser adulto é ser ranzinza? Um ditado tibetano diz que se um problema é grande demais, não pense nele; e se ele é pequeno demais, pra que pensar nele? Dá pra ser um homem de negócios e toma iogurte com o dedo ou uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é continuarmos achando que viver é 'out', que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer pra alguém: 'vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra um dos dois, ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida'.

Antes idiota que infeliz!


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O melhor presente


O melhor presente
que você pode dar a alguém
é o seu tempo, sua atenção,
sua dedicação,
seu amor.

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